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Chacina em Itaipuaçu: do Ouro Negro ao Vermelho do Sangue

A cidade de Maricá que frequenta o noticiário nacional nas editorias de economia e planejamento, por ser a campeã em arrecadação dos royalties do petróleo, do seu franco desenvolvimento, com suas finanças equilibradas, pagamentos dos servidores e fornecedores em dia, e grandes empreendimentos a serem construídos, amanheceu neste domingo (25), como destaque nas editorias de polícia dos sites e nos noticiários das rádios e emissoras de TV a cabo. Com certeza, a chacina de Itaipuaçu será manchete nos jornais impressos nessa segunda-feira (25) e pauta dos Bom Dia Rio da vida. Deve receber também 30 segundos de destaque na edição de logo mais do Fantástico, o show da vida. A Prefeitura de Maricá se manifestou sobre o banho de sangue. Nas redes sociais, o prefeito Horta e o ex-prefeito Quaquá expressaram suas opiniões

O GBNEWS tem como hábito ignorar matérias policiais, mas essa não tem como, por ter acontecido numa pequena cidade do litoral fluminense, distante 60 km da capital carioca, que nos últimos anos vem se notabilizando pelo seu crescimento econômico, geração de empregos e ações da prefeitura para reduzir o índice de criminalidade.

Hoje, maricaenses acordaram com a notícia de que cinco jovens foram executados a tiros, por volta das 6 horas da manhã, numa área de lazer do condomínio Carlos Marighela, do Minha Casa Minha Vida em Itaipuaçu. Uns dizem que a chacina teve como autor um motoqueiro, outros afirmam que os tiros foram disparados de dentro de um carro. Cabe agora a polícia investigar e prender os assassinos.

O secretário de Direitos Humanos e Participação Popular de Maricá, João Carlos Birigu, esteve no local. Segundo ele, três dos cinco mortos, participavam de um projeto social apoiado pelo órgão no condomínio.

"Um morador daqui trabalha na secretaria e nos acionou às 6h. Desde o primeiro momento, o prefeito Fabiano Horta (PT) designou atenção total ao caso e acompanhamento às famílias. Vamos custear todas as despesas de sepultamento e enterro e, posteriormente, prestar apoio psicológico", disse Birigu.

Os moradores do condomínio reclamaram, no entanto, da falta de atenção do poder público ao condomínio.

"O condomínio está abandonado. Quando a gente veio para cá, a prefeitura falou que não ia abandonar a gente. Mas ninguém gosta da gente aqui, falam que colocaram uma favela em Itaipuaçu. E aí falta segurança. Não tem polícia, mas a gente também não quer polícia que dá tapa na cara e assusta nossas crianças", disse um morador, que por motivos óbvios, não quis se identificar.

A Prefeitura de Maricá divulgou na rede social a seguinte nota:

foto Agência GBNEWS

"A Prefeitura vê com indignação a ocorrência de qualquer crime na cidade diante dos esforços que vem sendo empreendidos no sentido de melhorar a segurança da população. No caso do residencial Carlos Marighela consideramos a situação inadmissível justamente pelo fato de o município vir atuando muito para levar serviços e cidadania a todos os moradores, uma ação institucional permanente de geração de trabalho e renda.

Neste sábado mesmo foi realizada uma ação importante vinculada ao ensino gratuito para jovens e adolescentes e nos últimos meses escolas e postos de saúde foram agregados aos dois residenciais do MCMV (Inoã e Itaipuaçu), que são abertos e funcionam como qualquer outro bairro da cidade. A Prefeitura está acompanhando as investigações e cobrará providências para que o caso será esclarecido rapidamente pelas autoridades policiais. Vamos também redobrar os esforços em termos de ações sociais que melhorem a vida de todos os que ali foram residir", conclui a nota.

Com certeza, a chacina de Itaipuaçu será o prato do dia da sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Maricá nesta segunda-feira (26) a partir das 10h. Esperamos que alguns parlamentares não digam que o governador Luiz Fernando Pezão (MDB) não está fazendo nada para melhorar a segurança pública do Estado. Tem mais de um mês que Pezão não manda nada na área de segurança, devido ao decreto presidencial de intervenção federal nesta área. As cobranças devem ser feitas ao governo federal.

Na rede social, o prefeito de Maricá Fabiano Horta se manifestou: "não vamos naturalizar a morte de jovens na nossa cidade". O ex-prefeito e presidente regional do PT, Washington Quaquá, disse que "já está mais do que na hora de nos unirmos e agirmos".

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