O Rio de Janeiro está no olho do furacão em questão de corrupção com exposição nas mídias nacional e internacional. Não bastasse as prisões do ex-presidente da República, Michel Temer e do ex-governador do estado e ex-prefeito de Niterói, Moreira Franco, ambos do MDB, a ALERJ deu posse aos deputados que foram presos na Operação Furna da Onça
foto Júlia Passos/Ascom/Alerj
O presidente da Assembleia Legislativa do Rio (ALERJ), André Ceciliano (PT), anunciou agora a tarde em plenário que a mesa diretora resolveu, por unanimidade, dar posse aos deputados que continuam na cadeia. Se não forem soltos nas próximas 48 horas, serão convocados os suplentes.
Reeleitos em outubro de 2018, foram empossados os deputados: André Corrêa (DEM), Luiz Martins (PDT), Marcos Abrahão (Avante) e Marcus Vinicius Neskau (PTB). Chiquinho da Mangueira (PSC) cumpre prisão domiciliar.
O petista André Ceciliano também avisou que já entrou em contato com o Tribunal Regional Federal (TRF) para resolver os trâmites — e que a posse estava sendo feita, naquele momento, na cadeia mesmo. Já a de Chiquinho da Mangueira, em regime domiciliar, iria receber representantes da procuradoria em casa.
Na terça-feira (19), a bancada do PSOL e o deputado Waldeck Carneiro (PT) pediram para deixar a coautoria do projeto de resolução que altera o regimento para decidir o que acontece com o gabinete e salários de deputados presos.
Operação Furna da Onça
Procuradores do MPF (Ministério Público Federal) afirmaram no dia 8 de novembro de 2018, que o esquema de pagamento de propinas na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), que levou à prisão de dez deputados estaduais, sendo que apenas 5 se reelegeram, movimentou R$ 54,5 milhões em quatro anos, com pagamentos mensais aos parlamentares que iam de R$ 20 mil a R$ 900 mil. O MPF qualificou a Alerj como "verdadeira propinolândia".