Rio de Janeiro, 09/3/2022
Por Redação GBNEWS
O Comitê Científico de Niterói e técnicos da Secretaria Municipal de Saúde vão se reunir na sexta-feira (11), para decidir se a obrigatoriedade do uso da máscara em locais públicos continua ou não. Entre outros fatores, será discutida a curva de contaminação do coronavírus nos últimos dias. No Estado do Rio, a capital fluminense foi o primeiro município a flexibilizar o uso da máscara protetora contra a Covid-19.
De acordo com o último Boletim Epidemiológico, Niterói apresentou taxa de 5% de testes positivos para Covid-19 na semana de 20 a 26/02, seguindo em queda. No início do mês de janeiro, por conta da variante Ômicron, a cidade chegou a apresentar taxa de 50% de testes positivos para a doença.
A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) observa a estabilização da doença e acredita que a cidade sorriso deverá seguir o modelo do Rio pela semelhança dos indicadores. O presidente da entidade, Dr. Alberto Chebabo, faz parte do Comitê Cientifico da Prefeitura do Rio e afirma que o mesmo deve acontecer em Niterói.
“A cidade de Niterói tem os indicadores semelhantes aos do Rio, que são poucos casos da Covid-19, alta cobertura vacinal, taxa de transmissão e positividade baixa e pouca circulação do vírus. A obrigatoriedade do uso da máscara é desnecessária e as pessoas vão se adaptando à nova realidade. Abandonar o hábito da máscara pode ser mais difícil, mas aos poucos as pessoas vão se sentindo à vontade. O importante é que a não obrigatoriedade não significa que em alguns casos não seja necessário”, contou o também diretor do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF).
A recomendação do uso da máscara também foi apontada pelo infectologista Dr. Edimilson Migowski, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Ufrj). “Acho que chegou a hora da gente abrir mão da máscara de forma obrigatória. Temos a redução dos índices epimediológicos e também a ineficácia do uso da máscara de forma inapropriada. A máscara de pano, muito usada pelas pessoas, não mostra eficácia de proteção. Se duas pessoas estiverem em um ambiente fechado com máscaras de pano, e uma pessoa estiver contaminada, em meia hora a outra pessoa já estará contaminada”, frisou.
Migowski contou ainda que nesse momento de não obrigatoriedade do uso do equipamento de proteção, a população tem que ter conscientização e preocupação com o próximo. “As pessoas devem entender que o uso da máscara é recomendado para quem está infectado. Nesses casos as pessoas devem usar a máscara e fazer o isolamento social. Mas isso requer conscientização das pessoas. Se em dois anos de pandemia a pessoa não se conscientizou, não fará nunca na vida”, completou o membro do Comitê Científico do Governo do Estado do Rio de Janeiro. (A Tribuna)
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